Inicial > Para refletir > Uma Legião de Soldados Romanos: Armênia ano 320 d. C

Uma Legião de Soldados Romanos: Armênia ano 320 d. C

 

O governador romano colocou–se diante de quarenta soldados da chamada “Legião do Trovão” e disse:

– Ordeno que sacrifiquem aos deuses de Roma ou perderão sua patente. Esses quarenta soldados criam firmemente no Senhor Jesus e sabiam que de forma alguma poderiam sacrificar aos ídolos, mesmo diante das ameaças do governador. Cândido respondeu por todos, dizendo:

– Nada nos é mais especial ou maravilhoso do que Cristo, nosso Deus. Primeiramente, o governador tentou suborná–los, oferecendo–lhes dinheiro e honras no Império, mas depois passou a ameaçá–los, dizendo que sofreriam várias torturas e tormentos. Cândido respondeu:

– O senhor nos oferece dinheiro que perece e glória que desaparece. Tenta nos fazer amigos do imperador, mas nos afasta do verdadeiro rei. Só queremos um presente: a coroa da justiça. Estamos ansiosos pela glória, mas a glória do céu. O senhor ameaça nos torturar e considera nossa devoção um crime, mas verá que não desanimaremos. Não nos apegaremos a esta vida, nem ficaremos apavorados, mesmo diante da morte. Por amor ao nosso Deus, estamos dispostos a enfrentar qualquer tipo de tortura.

O governador ficou furioso. Sua raiva era ainda maior, porque aquela legião havia alcançado o respeito do imperador Antônio quando ele e seus soldados foram encurralados, sem água, nas montanhas da Germânia ao enfrentar os reis bárbaros daquela região.

Sem condições de sair dali e já enfraquecidos pela falta de água, aquela legião pediu ao imperador Aurélio Antônio permissão para orar pedindo a Jesus que enviasse chuva. Mesmo odiando os cristãos, o imperador consentiu.

Assim que acabaram de orar, veio uma tempestade muito forte. O exército romano matou sua sede e estocou água, o que permitiu que recobrassem as forças e vencessem o exército bárbaro.

Assim, aqueles quarenta soldados conquistaram o respeito de Antônio e foram apelidados de “Legião do Trovão”. Por ter ciúmes da reputação que conseguiram perante o imperador e por não quererem sacrificar aos deuses de Roma, o governador decidiu que morreriam de maneira bem lenta e dolorosa.

As outras legiões receberam ordens de arrancar as roupas e a armadura de todos os soldados cristãos da Legião do Trovão e colocá–los nus num lago congelado. Então o governador colocou outros soldados ao redor do lago para impedi–los de sair e ficou assistindo enquanto a noite caía, piorando ainda mais as condições de sobrevivência dos cristãos.Todavia, os quarenta soldados estimulavam–se mutuamente como se estivessem indo para a batalha.

– Quantos de nossos companheiros de armas caíram mortos nos campos por sua fidelidade a um rei terreno? Será possível que falharemos em sacrificar a vida ao Rei verdadeiro? Que ninguém desista, ó guerreiros, que nenhum de nós fuja desta luta contra o diabo.

Eles passaram a noite suportando a dor e se alegrando na esperança de rapidamente se encontrarem com o Senhor. Para aumentar a tortura deles, o governador mandou trazer bacias com água quente, que foram colocadas ao redor do lago, a fim de diminuir a resolução dos soldados.

O governador disse:

– Vocês podem sair e vir tomar um banho quente, assim que estiverem dispostos a negar sua fé. Por fim, um dos quarenta esmoreceu, saiu do gelo e tomou um banho quente.

Um dos soldados na margem do lago viu que um dos cristãos havia desistido, então, tirou sua armadura e tomou o lugar do desertor entrando no lago congelado, surpreendendo a todos com a rapidez de sua conversão. Enquanto entrava na água, declarou:

– Também sou cristão, sou soldado de Cristo.

Em algumas horas, todos já estavam bem aquecidos, nos braços de Jesus. O soldado desertor, depois de tomar seu banho quente, também foi executado.

Os loucos por Jesus nunca “congelam”. Pode ser que fiquem abatidos por um tempo, mas logo o amor de Cristo aquece–lhes o coração e derrete toda a frieza.

 

*Texto extraído do Livro Loucos por Jesus, vol. 1 do Pr. Lucío Barreto

Categorias:Para refletir
  1. Nenhum comentário ainda.
  1. No trackbacks yet.

Deixe um comentário